sábado, 26 de março de 2011

Mortiço


Não fui eu quem morreu. Morreu uma profusão – de coisas que eu nunca chegaria a explicar (até porque morri nelas).

Agora visto esta máscara de morte. Para que não se possa dizer nada de mim. Não é raiva, nem orgulho (embora misturem-se também na terra) – mas malícia, provocação: numa palavra – Inocência. Quero ver as máscaras da morte dos outros.



(Arte: Luiz Cadaval)

Um comentário:

  1. eis os famosos Cadaval, pai e filho.
    o Tuca fala muito de vocês. não muito mal, a maioria das vezes...

    também tenho muito interesse pela morte --- alheia!

    abraços

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