
Pra ela a gente precisa criar olhos. Daqueles que não se cria e não se tem. Ela quem pede sem pedir. A gente que faz sem por que.
Quando está tarde, todos os nossos olhos com a vista cansada, as pálpebras todas entre bravamente erguidas e sonolentas, é então que ela vem. Então que ela gosta de nos pegar de surpresa, a maldita. Quando teríamos olhos apenas para a cama macia.
Ela e os olhos. E no entanto somos felizes.
(Arte: Luiz Cadaval)
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